Ataques a instituições financeiras aumentam 17,06% em 2018

A Confederação Nacional de Trabalhadores de Segurança Privada (Contrasp) realizou um levantamento, que indicou que instituições financeiras foram alvo de diversos ataques no primeiro semestre deste ano, com aumento de 17,06% em comparação com o mesmo período do ano passado em todo Brasil.

Em entrevista exibida na TV Clube, o delegado Wilame Moraes, que coordena o Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), afirmou que houve uma diminuição no número de casos, no Piauí, desde 2015. “Relacionado à polícia civil, nós tivemos, em 2015, 36 ataques até o final de junho. Em 2016, nós tivemos por volta de 19 ataques, em 2017, tivemos 22 ataques e em 2018, nós tivemos uma diminuição para 17 casos”, afirmou o delegado.

A número de crimes registrados em 2015, em comparação com 2018, representa uma redução de 50%. Além do dado, seis prisões foram feitas no ano passado e 30 só neste ano. O delegado Wilame ainda considera que os crimes deste tipo são muito poucos e que a polícia tem conseguido solucionar quase todos.

Dentre as ações criminosas combatidas, Wilame Moraes cita uma em especial, a do ‘novo cangaço’. “Nós temos várias modalidades de crimes contra instituições financeiras. O que traz grande pavor para a população e para a região é a modalidade do ‘novo cangaço’, onde chegam vários criminosos e dominam a cidade, controlam a polícia”, disse.

O delegado conclui, falando do trabalho da Greco, mas atenta para a responsabilidade das instituições financeiras, que também têm seus deveres na segurança. “Nós temos um preceito constitucional, a segurança é dever do estado e responsabilidade de todos. O estado está agindo, mas o estado tem suas dificuldades”.

“Os bancos têm uma margem de lucro enorme e poderiam utilizar vários mecanismos para inibir esse tipo de ação. As instituições financeiras têm, sim, responsabilidades muito grandes para tentar diminuir [os crimes] e com certeza diminuiria com algumas ações simples”, pontuou.

Fonte: 180 Graus