Policiais Civis do Piauí anunciam paralisação e elegem ‘inimigos’ dos funcionários públicos

O Sindicato dos Policiais Civis do Piauí (Sinpolpi) aprovou nesta quinta-feira (20) a paralisação de mais de 1800 policiais do estado na próxima segunda-feira (24). Com a decisão, a partir das 0h do dia 24/11 até as 0h do dia 27/11, as delegacias do estado só vão atender casos de crimes contra a vida, estupros ou outros tipos de violência contra crianças e adolescentes, e também contra mulheres e idosos.

Ainda na manhã da segunda-feira (24), a categoria pretende se reunir em frente ao Palácio de Karnak, para protestar contra decisão do governo que cancelou o aumento salarial da categoria previsto para este mês de novembro. “Esse valor é um direito nosso que conquistamos depois do movimento polícia legal. O próprio governo propôs o aumento de forma parcelada e a decisão foi acordada pela Assembleia Legislativa”, destacou o presidente do Sinpolpi, Constantino Júnior.

De acordo com o Sindicato, a paralisação é uma forma de pressionar ao governo sobre a decisão de não pagar a parcela do aumento para categoria. Além da manifestação no Palácio, o Sinpolpi pretende espalhar por 40 outdoors da cidade destacando os “inimigos” da categoria, que para eles são: o secretário de Administração João Henrique, o Governador Zé Filho, o ex-governador Wilson Martins, o deputado João Mádison e outros dois políticos ainda não revelados.

Na última terça-feira (18), a categoria esteve reunida com o presidente da Assembleia legislativa, Themistocles Filho (PMDB), onde alertaram ao poder legislativo sobre a decisão do governador Zé Filho de anular os reajustes salariais já garantidos em lei aprovada pela própria assembleia. Para o presidente do sindicato, Constantino Júnior, a Alepi também tem culpa porque aprovou a determinação do governador.

Os policiais civis pedem além do reajuste salarial, a regularização do cálculo e pagamento integral de horas extras dos servidores, que está desatualizado desde o mês de junho.

Fonte: G1 PI