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POLÍTICA

Dilma diz que ministro Levy foi infeliz ao afirmar que desoneração da folha foi ruim

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A presidente Dilma Rousseff comentou hoje as declarações do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que classificou de grosseira a política de desoneração da folha de pagamento das empresas e que a ‘brincadeira’ custa R$ 25 bilhões por ano ao país. Segundo a presidente, o ministro foi infeliz no uso do adjetivo:

— Acredito que a desoneração foi importantíssima e continua sendo. Se ela não fosse importante, tínhamos eliminado e simplesmente abandonado. Acho que o ministro foi infeliz no uso do adjetivo. Agora, o fato é que tanto o ministro como todos os setores estão comprometidos com a melhora das condições fiscais do Brasil.

Na sexta-feira, o ministro da Fazenda classificou de ineficiente o programa de desonerações, com a seguinte declaração:

“Você aplicou um negócio que era muito grosseiro. Essa brncadeira nos custa R$ 25 bilhões por ano, e estudos mostram que não tem criado e nem protegido empregos”

Dilma ressaltou que a desoneração da folha é, hoje, uma realidade, e não é pura e simplesmente um instrumento de ajuste fiscal:

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— É uma realidade e nós garantiremos que haja um reajuste nas condições. É um instrumento que vai permanecer, mas em certas circunstâncias deve ser reajustado. E agora foi pra cima. Quando a realidade muda, a gente muda.

A presidente está, neste sábado, em Colonia del Sacramento, a 150 quilômetros de Montevidéu, onde inaugurou, ao lado do presidente José Pepe Mujica, o Parque Eólico Artilleros, construído pelos dois países por meio de parceria entre as empresas Eletrobras e UTE/Uruguai. De acordo com o governo uruguaio, o empreendimento custou US$ 100 milhões e será capaz de gerar cerca de 65 megawatts de energia. Parte dos investimentos foi financiado pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina. Dilma afirmou que o projeto vai beneficiar os dois países e defendeu que o continente tenha um sistema elétrico de qualidade.

Após a inauguração do parque eólico, a presidente participa, na residência presidecial de Anchorena, de um almoço ao lado de Mojica, a quem fez grandes elogios, afirmando ser um grande líder para os uruguaios e todo povo americano, e um presidente que tem como realidade utopias compartilhadas. Questionada se seria uma utopia o Brasil superar a crise, Dilma respondeu:

— Pode ter certeza que o Brasil vai sair desta crise. Vai sair ainda mais forte. Até poque o brasil tem fundamentos sólidos. Nós passamos por dificuldades conjunturais, e isso garantirá que o país sairá com outro patamar, garantindo empregos e a renda que conquistamos.

Nlo final da tarde, a presidenta brasileira embarca para Montevidéu, ao lado de Mujica. Na capital uruguaia, Dilma assistirá, neste domingo, à posse do presidente eleito no fim do ano passado para governar o Uruguai. Tabaré Vázquez sucederá a Mujica no terceiro mandato consecutivo da Frente Ampla no poder, que ajudou a aprovar projetos de lei como a legalização do aborto, do casamento de pessoas do mesmo sexo e do consumo, da produção e venda de maconha.

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Logo depois, no início da tarde, Dilma retornará ao Brasil. Ela desembarcará no Rio de Janeiro, onde participa de dois eventos em comemoração dos 450 anos da cidade: a inauguração do Túnel Rio 450 e a cerimônia oficial promovida pela prefeitura carioca.

Fonte: O Globo
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