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POLÍTICA

Governo anuncia criação de 3 mil bolsas de residência médica

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Durante cerimônia para comemorar os dois anos do Programa Mais Médicos, no Palácio do Planalto, o governo anunciou a criação de mais três mil bolsas de residência médica. O ministro da Saúde, Arthur Chioro, afirmou que o programa tem cumprido o objetivo para o qual foi criado.

“Depois de 27 anos da criação do Sistema Único de Saúde, temos finalmente o direito à atenção básica garantido a todos os brasileiros e brasileiras” disse Chioro.

O balanço apresentado pelo governo mostrou que o Mais Médicos levou 18.240 médicos a 4.058 municípios e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI). O número de beneficiados chega a 63 milhões de pessoas.

Das novas bolsas de residência anunciadas, 75% são para Medicina Geral de Família e Comunidade, que atuam em programas de atenção básica. As regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste terão prioridade na concessão das bolsas, em um processo de interiorização do ensino médico no país.

As bolsas são ofertadas por meio do Programa Nacional de Apoio à Formação de Médicos Especialistas em Áreas Estratégicas – Pró-Residência. Das três mil, duas mil serão financiadas pelo Ministério da Saúde e mil pelo Ministério da Educação.

A meta do Mais Médicos, que também prevê ações de expansão do ensino, é elevar o índice do Brasil, de 1,8 médicos por mil habitantes, para 2,7 profissionais por mil habitantes até 2026.

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Com uma plateia formada por médicos que participam do programa e por integrantes do governo, Chioro foi aplaudido várias vezes durante o discurso. Ele ressaltou o esforço da presidente Dilma Rousseff para implantar o expandir o programa Mais Médicos.

Discursando depois dos ministros da Saúde e da Educação, Ana Luíza Lima, estudante de Medicina na cidade de Caicó, no interior do Rio Grande do Norte, lembrou de um trecho do discurso da presidente Dilma Rousseff, logo que assumiu seu primeiro mandato como presidente, de que os pais poderiam então olhar para suas filhas e dizer que elas podiam ocupar o cargo mais importante do país.

“No Brasil de hoje a neta de um agricultor do interior do Nordeste ou de qualquer região do país já pode sonhar em ser doutora” disse a estudante, afirmando estar realizando seu maior sonho.

O discurso desencadeou um grito pró-Dilma na plateia: “Olê, olê, olá, Dilma, Dilma”. No fim de sua fala, a estudante emendou:

“Coragem, presidenta Dilma. Estamos certos de que nada nos impedirá de sonhar.”

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Participante do Mais Médicos, Everton Luiz Rodrigues Ferreira, outro profissional que discursou na cerimônia de Dilma, elogiou o programa, lembrando a resistência que a iniciativa enfrentou no início, mencionando setores “conservadores”.

“Frente a todos os debates, a favor ou contra o Mais Médicos, a população usuária do SUS já havia entendido que seria a grande beneficiária” afirmou.

Prefeito de Aparecida de Goiânia e vice-presidente da Frente Nacional de Prefeitos, Maguito Vilela (PMDB), elogiou a “coragem cívica” da presidente Dilma Rousseff para adotar o programa Mais Médicos.

“A presidente Dilma teve a sensibilidade de ver esse programa com bons olhos, que hoje está consolidado em todos o país, é justo e atende as camadas mais sofridas da nossa sociedade. De nada adiantaria isso, se não fosse a coragem cívica da presidente Dilma de adotar esse programa.”

A cada elogio rasgado à presidente Dilma Rousseff, a plateia aplaudia com entusiasmo e gritava palavras de ordem. Além de integrantes do governo, integrantes do Mais Médicos participaram da cerimônia, que se tornou um ato politico em meio à baixa popularidade da presidente.

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SUS

A presidente Dilma Rousseff disse que o programa “Mais Médicos” teve dois efeitos importantes, que foram a melhoria do Sistema Único de Saúde e a mudança e interiorização da formação de médicos no Brasil. “Tenho certeza que o Mais Médicos engrandece o meu mandato”, afirmou na cerimônia que comemora os dois anos do programa,

Ela fez um agradecimento especial aos médicos cubanos e ao governo de Cuba. “Tenho obrigação de me referir à participação dos médicos cubanos, que deram mostra, junto com o governo cubano, de solidariedade, profissionalismo, atendimento humanizado”, declarou. “Quero agradecê-los e dizer que vocês estreitaram as relações entre Brasil e Cuba”.

A presidente afirmou ainda que o Brasil continua dependendo de médicos formados no exterior para garantir o atendimento à população, mas que o engajamento dos médicos brasileiros é cada vez maior.

Dilma acrescentou que tem a “humildade” de reconhecer que as conquistas do “Mais Médicos” são fruto de ação conjunta entre os vários níveis da federação.

A presidente atribuiu as críticas feitas no lançamento do “Mais Médicos” a um “desconhecimento básico” acerca do programa. Dilma disse ainda que recebeu vários conselhos para interromper a iniciativa.

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“Sistemáticos conselhos diziam que nóss íamos ficar muito mal com os médicos. Era uma frase estranhíssima, como poderíamos ficar muito mal com os médicos lançando um programa chamado ‘Mais Médicos’”, questionou.

Dilma lembrou que 700 municípios não tinham nenhum médico há dois anos e faltavam médicos em grandes cidades e no interior. Segundo ela, todas as cidades têm hoje atendimento médico.

Entre as medidas apresentadas hoje pelo governo estão a publicação de uma portaria interministerial sobre a integração entre universidades e o SUS, e a assinatura de decreto que cria o Cadastro Nacional de Especialistas.

“Até hoje o Brasil não tinha informação de quem forma nossos especialistas, onde eles atuam e qual a necessidade. Esse cadastro vai reunir informações do conjunto de órgãos. A partir de agora, poderemos pensar e planejar a necessidade de especialistas”, destacou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.

 

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Fonte: Época

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