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Justiça retira tornozeleira de advogado réu por morte de homem e dupla tentativa de homicídio no Piauí

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A Justiça autorizou a retirada da tornozeleira eletrônica do advogado Marcus Vinicius de Queiroz Nogueira, que atualmente é diretor-tesoureiro da Ordem dos Advogados do Piauí (OAB-PI). Ele é réu por morte de homem e tentativa de homicídio duplamente qualificados durante acidente de trânsito em Teresina.

A pedido da defesa, o juiz da Central de Inquéritos substituiu o uso da tornozeleira eletrônica pela suspensão da habilitação para dirigir veículo automotor por seis meses. A medida cautelar de monitoramento eletrônico foi revogada com base no argumento de que a tornozeleira impediria o exercício da profissão do réu.

O Ministério Público entrou com recurso contra a decisão que revogou medida cautelar de monitoramento eletrônico aplicada ao advogado. Para os promotores de Justiça, a tornozeleira apresenta-se como imprescindível, pois permite a fiscalização sobre o cumprimento de outras medidas judiciais impostas, em especial no que se refere ao veto da frequência do réu a bares e estabelecimentos similares, de modo que não haja reincidência no delito.

Advogado Marcus Vinicius Nogueira - OAB Piauí - Teresina — Foto: Reprodução
Advogado Marcus Vinicius Nogueira – OAB Piauí – Teresina — Foto: Reprodução
Carro do advogado ficou destruído após acidente em Teresina  — Foto: Reprodução/Redes sociais
Carro do advogado ficou destruído após acidente em Teresina — Foto: Reprodução/Redes sociais

Na denúncia oferecida à Justiça, o Ministério Público apontou que o advogado foi responsável pela colisão ocorrida em dezembro de 2021. Imagens de câmera de segurança constataram que Marcus Vinicius ingeriu uma grande quantidade de bebida alcoólica antes do acidente.

O MP argumentou que foi verificado, através de perícia, que o advogado conduzia seu veículo em velocidade superior à permitida na via e desobedeceu à sinalização semafórica do cruzamento e atingiu o carro onde estavam as vítimas.

“Consideradas as particularidades do evento em análise, especialmente a manifesta alcoolemia acentuada do acusado, associada à condução de veículo em alta velocidade e a desobediência à sinalização semafórica, têm-se, de maneira indubitável, a configuração de uma ação dolosa”, afirmou a comissão de promotores que acompanha o caso na denúncia.

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Conforme o documento, foi fixada uma indenização no valor de R$ 726 mil, a título de reparação mínima, em favor das vítimas sobreviventes.

Um novo vídeo mostra o momento que o carro, conduzido pelo advogado Marcus Vinicius Nogueira, invadiu o sinal vermelho e ocasionou o acidente que matou Raimundo Nonato da Silva Oliveira e deixou feridas as filhas Alice Silva e Aline Alves Oliveira, e a neta Laura Sofia Alves Silva, filha de Aline.

Nas imagens de uma câmera de segurança, é possível ver o advogado Marcus Vinícius bebendo com amigos antes do acidente. Nos vídeos, ele participa de uma confraternização em um restaurante na Zona Leste da capital.

Vídeo mostra advogado bebendo antes de acidente que matou homem e feriu três pessoas
Vídeo mostra advogado bebendo antes de acidente que matou homem e feriu três pessoas

Nas imagens, Marcus Vinícius bebe e canta com os amigos. Em outros momentos, ele aparece de cabeça baixa, enquanto os demais tiram fotos e interagem com o músico.

Por volta das 20h50, o advogado é visto no estacionamento do restaurante, indo em direção ao seu carro e com um copo na mão. Amigos o acompanham até o veículo como se estivessem tentando impedir que ele dirigisse, mas ele acaba saindo.

Na época, a defesa do advogado divulgou nota informando que Marcus não apresentava sinais de embriaguez no momento da colisão. O comunicado diz que o advogado prestou socorro após o acidente e passou por exame toxicológico “prévio” e que não apresentava sinais de embriaguez.

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No auto de prisão em flagrante consta que Marcus Vinícius Nogueira se negou a fazer o teste de alcoolemia e não obedeceu aos comandos do médico, mas não era possível detectar estado de embriaguez.

O coordenador do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Francisco Costa, o Barêtta, informou que o advogado foi autuado por homicídio doloso na Central de Flagrantes. O advogado passou por audiência de custódia, mas foi posto em liberdade após pagar uma fiança de R$ 15 mil, com determinação para o cumprimento de medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica.

Fonte: G1 Piauí

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