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POLÍTICA

Haddad questiona Bolsonaro sobre contradição no Bolsa Família

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O candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira (11) considerar “contraditório” que seu adversário na disputa ao Planalto, o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, diga que vai implementar um 13º salário para os beneficiários do programa Bolsa Família.

Haddad ressaltou que Bolsonaro passou anos criticando beneficiários do programa, uma das principais bandeiras dos governos petistas, e que agora quer “dar um cavalo de pau e dizer que defende os pobres”.

Na quarta-feira (10), o presidente nacional do PSL, Gustavo Bebbiano, afirmou que, se eleito, Bolsonaro vai implementar um 13º salário para quem é atendido pelo Bolsa Família. Segundo o dirigente do PSL, a proposta estava prevista no plano de governo de Bolsonaro, mas a ideia foi confirmada definitivamente “agora”.

“Se tem alguém que criticou o Bolsa Família e, de certa maneira, humilhou os seus beneficiários ao longo dos últimos dez anos, foi meu adversário. Não é fake news. Basta ver na internet as frases que ele pronuncia sobre nordestinos que recebem o Bolsa Família”, afirmou Haddad em entrevista à imprensa em Brasília.

O petista fez críticas à atuação de Bolsonaro como parlamentar e afirmou que ele “nunca aprovou nada de relevante em 28 anos de mandato” e sempre votou contra o trabalhador.

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“Me parece muito contraditório. Há uma contradição muito grande entre o que ele fez na vida. Ele está há 28 anos na Câmara e só vota contra o trabalhador. Tudo o que ele faz é votar contra o trabalhador. Votou contra a pessoa com deficiência, votou contra o trabalhador na reforma trabalhista, votou contra o cidadão no teto de gastos. Sempre vota contra o trabalhador. Nunca aprovou nada de relevante em 28 anos de mandato e agora quer dar um cavalo de pau e dizer que defende os pobres?”, disse Haddad.

Encontro com a CNBB

Haddad deu as declarações após participar de uma reunião na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) com o secretário-geral da entidade, dom Leonardo Steiner.

No encontro, o petista expôs suas propostas de governo e ouviu do secretário-geral da entidade os temas que mais preocupam os católicos.

Após a reunião, a CNBB divulgou uma nota em seu site, assinada pelo secretário-geral da entidade, em que afirma que o petista “não veio pedir apoio” e que a “CNBB não tem partido e nem candidato”.

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Haddad relatou aos jornalistas que fez um apelo a dom Leonardo Steiner para recomendar aos fiéis católicos que tomassem cuidado com informações falsas.

“Se é verdade, as pessoas têm que saber. Se não é verdade, tem que barrar a propagação da mentira”, afirmou. Ele contestou novamente a acusação de que enquanto estava no Ministério da Educação mandou distribuir material de educação sexual impróprio para crianças pequenas, apelido por Bolsonaro de “kit gay”.

“Meu adversário me acusa nas redes sociais de distribuir material impróprio para crianças de 6 anos. Isso nunca aconteceu”, disse.

E continuou: “Temos que ganhar a eleição por meio do melhor argumento e não atacando a honra das pessoas com informações falsas. […] A mentira não pode ganhar uma eleição. Temos que disputar com base em projetos”.

Temas

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Entre os assuntos abordados no encontro com Steiner, Haddad disse que todos “estão contemplados em seu programa de governo, mas que serão reforçados”, incluindo o combate à violência e à corrupção, o compromisso com a democracia e à preservação da vida e a proteção do meio ambiente.

Na nota divulgada pela CNBB, dom Leonardo Steiner detalha que os assuntos que preocupam os bispos do Brasil são: “a não legalização do aborto, a proteção do meio ambiente, atenção especial à questão indígena e quilombola, a defesa da democracia e o combate rigoroso à corrupção”.

Mudança de local

O petista deu a entrevista coletiva em uma sala improvisada no hotel onde estava hospedado em Brasília. A previsão inicial era a de que ele falasse com a imprensa na calçada em frente à entrada da CNBB.

No entanto, o local da entrevista teve que ser alterado às pressas porque dois apoiadores do candidato do PSL, Jair Bolsonaro, apareceram no local meio da manhã gritando palavras de ordem contra a campanha do petista. Eles chegaram a seguir por um tempo o comboio do candidato petista em direção ao hotel.

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Haddad foi acompanhado do governador reeleito do Piauí, Wellington Dias (PT), e de Gilberto Carvalho, que é um dos coordenadores de sua campanha.

Ao chegar à CNBB, Dias foi o único a falar com a imprensa. Ele confirmou que Haddad se encontrou na quarta à noite com o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, em Brasília, para agradecer o apoio do partido.

Ele disse que o partido deve se reunir outros partidos e políticos que declararam apoio à candidatura de Fernando Haddad, como o PDT, de Ciro Gomes.

Fonte: G1

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