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Marcelo Castro diz que não tem medo de retaliação em um eventual governo de Michel Temer

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O ministro da Saúde, Marcelo Castro (PMDB), declarou no Jonal do Piauí desta quinta-feira (21) que não teme sofrer qualquer tipo de retaliação do partido em um eventual governo Michel Temer (PMDB), por ter votado contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

Marcelo Castro afirmou ainda que não tem a mínima intenção de deixar o PMDB, nem a direção do partido no Piauí, do qual resolveu se afastar em razão de ter assumido o ministério.

“Não temo de maneira nenhuma, até porque seria uma injustiça muito grande, porque o  PMDB é um partido que foi construído com uma frente partidária que sempre respeitou as divergências. É da tradição do PMDB respeitar as diferenças, então não tem porque ele mudar a postura que vem adotando ao longo dos 50 anos de existência”, ressaltou Marcelo em entrevista ao Jornal do Piauí, da TV Cidade Verde nesta quinta-feira (21).

Em relação a ter se afastado da presidência do partido, ele destacou que teve a concepção de que o seu comprometimento com o ministério poderia prejudicar a sua atuação no partido. “Como ministro eu vi q não teria tempo para me dedicar ao partido como deveria, então eu me afastei, Sobre me afastar definitivamente, ele disse que “é uma decisão iminente, não há necessidade de um afastamento, Além do mais o João Henrique (atual presidente diretório no Piauí é um homem super dedicado e forte para estar a frente nesse momento”

De acordo com o ministro, a sua situação e relacionamento com o partido não mudam por causa do seu voto. “Sou um pmdebista histórico, com quase 40 anos na política, 9 mandatos de deputados, 4 de estadual e 5 de federal. Nunca deixei de ter vínculo com o PMDB. De 80 para cá estou filiado no PMDB. Agora eu estava em situação peculiar, porque, ora, se aceito ser ministro de governo é porque estou aprovando o tal governo. Nada mais natural que vote a favor dele”

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Ele afirmou não ter conflito nem briga com ninguém dentro do PMDB atualmente e que se relaciona muito bem com todos, contudo lembrou que teve um desentendimento com Eduardo Cunha. Ele acredita que talvez seja um dos que melhor se relaciona com todos no PMDB. “Temer é meu amigo, por quem tenho respeito também. Agora já Eduardo Cunha, tivemos um desentendimento, não faço campanha para ele, apenas somos separados, porque achei que ele não foi leal, correto quando eu achei que ele devia, mas isso são coisas da vida política

Ainda segundo o ministro, o PMDB, historicamente, é marcado por ter divergências internas e discordância de posicionamentos, e que isso não atrapalha o andamento dos trabalhos, Quanto ao fato, ele relembrou com foi na época da campanha de Lula (PT), em que o PMDB era oposição e uma parte migrou em apoio ao ex-presidente.

Sobre sua decisão de voto contra o impeachmnet, ele reiterou que tomou sua decisão com muita naturalidade, porque não é a primeira vez que mantém a linha de coerência, e que isso vem acontecendo durante toda sua vida. “Estou no governo agora, sou ministro, saí naquele dia do ministério para votar, mas há 13 anos faço parte do governo, votamos no lula 2002, 2006, em 2010 e 2014 votamos na Dilma e não tinha como me três dias eu mudar meu posicionamento só para votar”.

Ele acrescentou; “nunca traí, nunca fui desleal, se eu tomasse uma atitude dessa eu mesmo perderia respeito por mim. Não conseguiria fazer outra coisa, foi a decisão certa, coerente, era um dever moral que tinha pela presidente e a moral fica a cima de qualquer outra avaliação e circunstância e foi isso que me moveu. De mais a mais, eu não sou jurídico e não estamos em regime parlamentar, estamos no presidencialista e presidente da república recebe mandato do povo, recebeu o voto do povo e o congresso não está acima do mandato popular, para dizer que vai destituir um presidente, tem que haver uma causa. E as pedaladas fiscais, na minha visão, todos os presidentes fizeram, a maioria governadores fazem e porque agora é proibido? O TCU mudou o ano passado o entendimento, de lá para cá é que mudou, por isso considero uma injustiça […] entendo que ela não cometeu crime de responsabilidade, então não tem motivo para impeachment.

Para ele, o que mais chama atenção no comportamento da presidente em todo esse processo é a sua fortaleza e como ela permanece forte em todos os acontecimentos, sempre estando equilibrada, com humor estável e às vezes até com um sorriso recebendo as pessoas de maneira afável . “É impressionante como é forte do ponto de vista da sua personalidade”.

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Quanto a seu posicionamento sobre a possibilidade da saída da presidente, ele se limitou a dizer apenas que em matéria de política tudo é possível, mas que não é um momento fácil, pois é muito adverso o que está acontecendo.

Fonte: Cidade Verde

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