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Trabalhadores dos Correios do Piauí aderem à greve

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Trabalhadores dos Correios no Piauí aderiram à greve por tempo indeterminado deflagrada na noite de quarta-feira (26). O movimento não conta com adesão em apenas três estados do país: Sergipe, Amapá e Roraima. No Piauí, são mais de 1.650 funcionários.

Segundo José Rodrigues, diretor de assuntos jurídicos do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares no Piauí, a greve é contra a privatização, demissões e retiradas de direitos, além do fechamento de pelo menos cinco agências somente em Teresina.

Durante o movimento grevista, todos os setores da empresa devem ser afetados e o serviço de entrega de correspondências deve ser o mais comprometido.

“Dessa vez a greve não tem como pauta principal os salários, mas a retirada de direitos dos trabalhadores e a demissão em massa com a privatização dos Correios. São medidas que precarizam o serviço prestado à população, a exemplo da entrega alternada, na qual o serviço deixa de ser diário”, falou José Rodrigues.

Além disso, os trabalhadores também alegam a falta de segurança nas agências. Outro ponto colocado pelos grevistas é a suspensão das férias este ano anunciada pelos Correios.

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“Os Correios têm uma logística invejável, mas a empresa está com a imagem desgastada por conta dessas interferências políticas que ocorrem propositadamente para mostra que a empresa não tem condições de continuar pública”, disse ainda o diretor.

No Piauí, são aproximadamente 200 agências dos Correios espalhadas pelos 224 municípios.

Crise nos Correios

Os Correios enfrentam uma severa crise econômica e medidas para reduzir gastos e melhorar a lucratividade da estatal estão em pauta. O presidente dos Correios, Guilherme Campos, afirmou que a estatal teve um prejuízo estimado de R$ 400 milhões no primeiro trimestre, após ter tido prejuízo anual de cerca de R$ 2 bilhões em 2015 e em 2016. Ele disse ainda que a empresa não tem condições de arcar com sua folha de pagamentos e que demissões de servidores concursados estão em pauta.

A estatal não tem contatações há vários anos – o último concurso foi realizado em 2011.

Em 2016, os Correios anunciaram um Programa de Demissão Incentivada (PDI) e pretendia atingir a meta de 8 mil servidores, mas apenas 5,5 mil aderiram ao programa. “A economia com esses 5,5 mil é de R$ 700 milhões anuais e essa marca alcançada com o PDI fica aquém da necessidade da empresa. Precisamos ter outras ações para enxugamento da máquina da empresa”, afirmou Campos no dia 20 de abril.

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G1

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