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POLÍCIA

Estoque de explosivo apreendido renderia até 2 anos de crimes

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O coordenador do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), delegado Carlos César Camelo, informou que o material explosivo apreendido no último sábado (22) estava acondicionado de forma inadequada e poderia causar uma explosão que eliminaria o quarteirão do imóvel onde as dinamites foram encontradas.

“As emulsões estavam armazenadas com as espoletas, estopins e havia um grande risco. Caso um detonador fosse acionado, aquela grande quantidade de material poderia explodir até o quarteirão. Ali era um verdadeiro supermercado para o crime organizado”, destaca.

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Segundo o delegado, a ação policial é muito relevante pois ajudará a desvendar crimes que já vinham sendo investigados e dar pistas sobre outras ocorrências. “A apreensão é muito importante para a elucidação de crimes no Piauí e Maranhão. Esses explosivos eram tantos que poderiam tranquilamente garantir, pelos próximos dois anos, roubos ininterruptos toda semana. De março pra cá, (os membros do grupo) estão relacionados a uma série de crimes, aqui no Piauí, pelo menos dez que já investigávamos e tínhamos suspeita, mas pode haver outros”, informou Carlos César.

Ele acrescenta que o depósito atendia a vários grupos criminosos de vários estados e que foram encontrados coletes balísticos de empresas de segurança privadas. “Essas empresas vão ser notificadas e nos informar de onde esses coletes foram subtraídos. Esta apreensão vai desguarnecer os criminosos e serve de probatório para investigação de outros crimes. Muitos indivíduos ainda estão em liberdade. Serão alvo de missões que estão em andamento em Teresina e no interior. Um deles foi preso quando visitava a mãe no HGV.

Planejamento
O delegado Carlos César disse que participou recentemente de um fórum sobre roubos a bancos e informa que a modalidade que utiliza explosivos se tornou bastante comum por todo o Brasil. “Todos os estados estão sofrendo muito com explosões a bancos, é um problema nacional. Esses criminosos procuram mineradoras e construtoras e realizam o furto desse material nos depósitos. Em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro houve roubos de três toneladas de explosivos. Esse material vai para o mercado negro. A nossa apreensão teve o apoio da polícia técnica, polícia militar, Delegacia de Entorpecentes, Núcleo de Inteligência, que realizaram um trabalho complexo, diuturno, para chegar a esse resultado. Foi um baque muito grande no crime organizado”, finalizou.

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