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Por pouco outra criança não morreu’, diz delegado após menina ser morta por PMs

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O coordenador da Delegacia de Homicídios, delegado Francisco Costa, o Barêtta, contou que por pouco outra criança não morreu na noite dessa segunda-feira (25). Emile Caetano Costa, de 9 anos, morreu após ser baleada por policiais militares e o delegado disse que por poucos centímetros, a irmã da garota, de apenas 1 ano, não foi atingida.

Na noite de ontem, o carro onde Emile estava com os pais e mais duas irmãs foi abordado por policiais militares que dispararam diversas vezes e atingiram a menina, o pai e a mãe, Evandro Costa, 31 anos, e Daiane Caetano, 26. Os pais sobreviveram e a mãe já teve alta do hospital. Ela prestou depoimento à polícia nesta terça-feira (26).

“A mãe contou que estava com a bebê no colo e o tiro atingiu ela no braço. Foi por questão de centímetros que ela não foi atingida, por pouco outra criança não morreu”, relatou o delegado.

Carro suspeito

Os policiais militares que participaram da ocorrência, soldado Aldo Barbosa Dornel e cabo Francisco Venício Alves, foram autuados pela Corregedoria da Polícia Militar, e estão no Presídio Militar.

Segundo o coronel Wagner Torres, comandante de policiamento da Zona Leste de Teresina, o cabo Francisco Alves informou que a viatura recebeu a informação de um veículo igual ao da família realizando assaltos na região.

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“Eles relataram que localizaram o carro e então fizeram uma perseguição por várias vias da Zona Leste até chegarem à avenida João XXIII, onde o carro parou. O cabo disse que o soldado Aldo Barbosa Dornel disparou cinco vezes contra o veículo e ele disparou duas vezes para o alto. Essa foi uma abordagem mal feita, o certo seria parar atrás do veículo suspeito e pedir para descerem do carro, nunca chegar atirando”, disse o coronel ao G1.

Investigações

O coronel informou ainda que a PM ficará encarregada de toda a investigação do caso, mas o delegado Francisco Costa disse que a polícia civil é que vai apurar a morte da menina. “Já determinei a abertura do inquérito, já requisitei exame de corpo de delito na mulher, exame cadavérico, e no local do fato criminoso, que é o carro, que já está dentro do instituo de criminalística”, disse.

Ele completou ainda: “Uma coisa que chamou atenção é que o caso aconteceu por volta das 23h e a perícia só foi chamada às 2h. Também não quero criticar, mas logo após a ocorrência, eles foram levados à Corregedoria da PM, acredito que deveriam ter ido à Central de Flagrantes”, declarou o delegado.

A mãe, Daiana Caetano, contou ainda que os policiais recolheram cápsulas dos tiros no local do crime.

Fonte: G1

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Foto: Lucas Marreiros / G1)
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