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GERAL

Novo valor do salário mínimo não apresenta aumento real

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Aprovado em votação relâmpago pelo Congresso Nacional, na última quinta-feira (15), o Orçamento Geral da União para 2017 fixa os gastos federais em cerca de R$ 3,5 trilhões, valor que inclui despesas com juros e amortização da dívida pública, que chega a R$ 1,7 trilhão, e estabelece o salário mínimo de R$ 945,80 para o próximo ano, representando um aumento de 7,47% em relação ao atual, que é de R$ 880. O texto ainda precisa da sanção presidencial.

Com o novo valor, o percentual de correção do salário mínimo cobre apenas a inflação do período, ou seja, não haverá aumento real. O economista Ricardo Alaggio esclarece que, inicialmente, o aumento do salário mínimo não influenciará no poder de compra do brasileiro, pois trata-se apenas de um aumento nominal. “O medo é que a inflação aumente, caso isso aconteça, e o poder de compra tende a cair”, explica.

No entanto, o economista frisa que o novo valor está acima do valor estipulado pela regra, que é representado pela soma da variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior, calculado pelo IBGE, e o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. “Foi uma decisão política. Pela regra, o aumento seria de cerca de 4,8%, mas o Governo decidiu esquecer a regra que estava sendo usada, como a ex-presidente Dilma Rousseff fez em 2015”, pontua.

A técnica em enfermagem Marly Gomes trabalha como cuidadora de idosos e afirma temer que, mesmo com o aumento do salário, os preços dos itens básicos continuem subindo. “Todos os anos é assim, o salário mínimo aumenta, mas o preço dos alimentos, de material de limpeza, tudo começa a aumentar também e ficam com preços abusivos, então não adianta nada”, lamenta.

Orientação

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Para o economista Ricardo Allagio, é importante que os consumidores fiquem atentos para não gastarem mais do que irão receber. Ele destaca que os trabalhadores devem fazer o planejamento doméstico para não se endividarem. “A dica é fazer a economia doméstica, colocar no papel tudo o que está sendo gasto e se programar”, destaca.

Por: Nathalia Amaral – Jornal O Dia

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